Para nós é simples a distinção: um gatinho de companhia serve para companhia, um gatinho de criação para procriar e acrescentar valor à raça, além de também nos oferecer a sua companhia, simpatia e afecto durante a sua vida.
Isto não quer dizer que um bosque da noruega de companhia não é um bom representante da raça ou que um bosque da noruega de criação não nos possa fazer muito felizes todos os dias com as suas brincadeiras e presença. Bem pelo contrário.
Um criador deve trabalhar (ou tentar fazê-lo) no sentido de aumentar ou manter a qualidade do standard. Ao vender um gato de companhia sem qualquer restrição de criação perde o controlo do que vai acontecer no futuro, sendo que o novo dono não terá, à partida, tantas preocupações como o seu antecessor.
Temos recebidos vários e-mails e telefonemas em que as pessoas ponderam fazer uma ninhada no futuro, de um gatinho de companhia. Ao fazê-lo, o novo dono tem de resolver o problema que a seguir se coloca. Ou fica com todos os bebés ou oferece-os a amigos, familiares e conhecidos. Se uma ninhada média tem quatro, cinco gatos é muito provável que mais gente pense assim para o seu gatinho. Mais uma ou duas pessoas faz uma ninhada e o mesmo acontece com a geração seguinte. Entretanto, nasceram cinco ninhadas sem controlo de qualidade. Quinze, vinte, vinte e cinco gatinhos muito bonitos, mas sem qualquer controlo de qualidade. Vinte e cinco, seja, maus ou menos bons representantes da raça bosques da noruega.
Uma ninhada tornou-se uma bola de neve.
(by Luís)
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