A esta hora o Pappo já passou a Ponte do Arco-íris :((( Foi uma decisão difícil, muito difícil. Não digo isto para parecê-lo, apenas porque foi. O resto do mundo pode pensar o que quiser, estou-me perfeitamente nas tintas. Ser criador também tem horas más e decisões complicadas, hoje foi mais uma.
O Pappo nasceu, soubemos hoje, com uma deficiência congénita que se chama megaesógafo e que quer dizer precisamente isso, um esófago maior do que o normal, que se desenvolveu desta forma, sem razão aparente, durante a gestação. Por culpa disso, a comida caía constantemente nos pulmões e causava pneunomias sucessivas. O problema não tinha correcção cirúrgica e depois de três dias de internamento a vê-lo sofrer decidimos deixá-lo ir. O outro cenário seria uma vida inteira a ter tratamentos especiais, a não poder comer como os outros gatos ou ser como os outros gatos, com risco de infecções respiratórias permanentes. Ou seja, uma baixa qualidade de vida, se ainda conseguisse reagir à pneumonia actual.
Decidimos o que decidimos, sempre a olhar para trás, a ver se a decisão não nos perseguia. O meigo Pappo já não está entre nós. Mas acredito sinceramente que está bem melhor agora. Até sempre!
(by Luís)
8 comentários:
Esta notícia tocou-me bem fundo no coração. Muita força Luís e Ana. Tudo foi feito pelo pequenino Pappo. Aqui fica a minha solidariedade e um grande abraço de amizade.
Palavras para quê?!? Muita força... Ele era muito especial e Deus quis ficar com ele. Beijinhos grandes
Luís e Ana.
Infelizmente nunca estamos preparados para situações destas, nem para escolher/decidir sem ficarmos com dor da decisão tomada, seja ela qual for. Deram o vosso melhor e o Pappo sabe disso...onde quer que esteja.
Continuem com vossa missão pelo Pappo e pelos Bosques.
Helena e Humberto
Lamentamos a vossa perda e dor, é sempre extremamente dificil ter que tomar a decisão de deixar um ser vivo que adoramos ir. parte de nós quer lutar contra a razão e mantê-lo vivo, mesmo sabendo que isso lhe irá causar sofrimento. tiveram a coragem de lhe poupar esse sofrimento, penso que tiveram a decisão mais humana. Cumprimentos e continuem o bom trabalho.
Lamento a vossa perda e dor. Fizeram tudo o que poderia ter sido feito. Muita coragem e continuem o bom trabalho.
Catarina Silvério
Olá Ana e Luís! Infelizmente conheço a sensação de ter de tomar uma decisão dessas, e também sei que não é nada fácil, antes pelo contrário...Sei que fizeram tudo o que estavam ao vosso alcance, mas por vezes a força e vontade que temos que o nosso gatnho fique conosco não é sufeciente...Temos simplesmente de acreditar que foi o melhor para eles!
Eu tambem sei bem oque é isso... afinal nos conhecemos um pouco depois da partida do meu amado Athos. Tive momentos de revolta com o mundo, chorei, fiquei deprimida, mas hoje olhando pra trás, sei que fiz tudo o possível e que meu gatão lutou muito para não me deixar. Hoje restam as fotos, a saudade, e as lembranças de todos o tempo que passamos juntos.
O arco-íris é uma ponte cheia de cores. Acreditamos que está melhor do lado de lá do que no lado de cá, numa vida que não teria qualidade. Se assim não fosse, a vossa decisão teria sido outra. Aliás, nestas situações, não podemos falar de decisões. É antes uma falta de alternativas viáveis. Por vezes temos de escolher entre sofrermos nós, ou sofrerem eles uma vida inteira. Fizeram bem...
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