sexta-feira, abril 13, 2007

Triste 2007...

Decididamente 2007 é um ano para esquecer. Um ano de perdas irrecuperáveis. A Buick deixou-nos a 21 de Fevereiro e no dia 2 de Março foi a vez do Piglet, o nosso porquinho-da-Índia nos abandonar. Estava connosco há quase 4 anos e era não só um bom companheiro para nós como o era para os nossos gatos. Estes adoravam estar por perto do Piglet e brincar com ele quando o soltávamos.

No dia 1 de Abril foi a vez do meu pai nos deixar. Há dois anos que lutava contra um cancro na garganta mas a doença venceu-o. Foi um período de grande agonia, cheio de tratamentos intensivos que o deixavam completamente prostrado. Durante este tempo vivi entre Lisboa e Aveiro, onde residiam os meus pais, acompanhando-o nos vários internamentos que fez, no IPO de Coimbra. Podem achar que isto não é chamado para aqui. Que o blog é sobre gatos e nada mais. Mas a razão porque falo do meu pai aqui é porque ele sempre foi um amante de animais. Adorava ver todas as séries de vida animal, que passavam na TV (não tivesse ele vivido numa região de Angola onde era fácil ver-se animais não domésticos). A sua paixão eram os pássaros e lembro-me que por mais que uma vez levou passarinhos para casa para tentarmos salvar. Também não resistiu aos encantos dos nossos gatos e quando passava alguns dias em nossa casa era certo e sabido que os bichanos não o largavam.

Devido à fragilidade imposta pela doença, o meu pai passava muito tempo deitado no sofá. Tinha como companheiros assíduos o Bryn, a Buick e a Indra. O Bryn aninhado nas suas pernas, a Buick estendida no chão e a Indra em cima da cadeira que servia de apoio às dezenas de caixas de comprimidos e ao copo de água. Todos velavam por ele. Quando lhe dissemos que a Buick estava de bebé ficou muito feliz. Estava sempre a perguntar pelos bebés da «pretinha» dele. Dizia que tinha sonhado com ela e que havia «dois pretitos como a mãe». Quando me disse isto já a Buick tinha partido. Só soube do falecimento da Buick duas semanas antes de ele próprio falecer e só porque insistiu para saber dos pequenitos. Claro que já andava desconfiado porque o nascimento estava previsto para o início do mês de Março. Ficou destroçado.

A morte para o meu pai acabou por ser uma espécie de salvação do sofrimento diário em que já se encontrava, apesar de toda a medicação que tomava. Hoje aposto que já se encontrou com a Buick e os seus pequerruchos e que lá, onde estiverem, olham por todos nós, os que ainda vagueamos por aqui cheios de saudades deles.

(by Ana)

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